CONJUNTIVITE AGUDA
- thomaz rodolpho junior
- 3 de jun. de 2022
- 2 min de leitura
Quem já não vivenciou olhos vermelhos, irritados, lacrimejamento, secreção, olho "grudado" pela manhã, pálpebras edemaciadas, etc. Muito bem, conjuntivite aguda é algo muito incômodo e que às vezes pode debilitar a visão, principalmente se mal diagnosticada e mal tratada. Podemos classificar as conjuntivites agudas em infecciosa, química, atópica (alérgica). Falaremos um pouco hoje das infecciosas. Os agentes mais comuns destas infecções podem ser bactérias e vírus, mas também podemos ter fungos (principalmente após traumatismos com plantas). Falaremos aqui da bacteriana e da viral. A primeira trás um quadro mais lento na instalação e mais crônico se não tratada. Há olhos vermelhos, lacrimeja/to e secreção; edema de pálpebras discretos e pouca fotofobia são mais comuns. Secreção amarelada, com maior incidência de olhos grudados pela manhã e o tratamento com antibióticos de amplo espectro produzem melhora relativamente rápida do quadro. O uso de antinflamátório hormonal (corticóides) associado ao antibiótico promove uma melhora sensível dos sintomas. Já a conjuntivite viral apresenta quadro mais agudo, se intensificam os sintomas até o quinto dia de quadro (grande vermelhidão, às vezes até com hemorragia sub-conjuntival - hiposfagma - já comentado nesse blog e quemose - edema da conjuntiva que forma uma espécie de bolha), lacrimeja/to, grande edema de pálpebras, fotofobia intensa e diminuição da visão. O quadro da conjuntivite viral pode durar por 3 semanas ou até mais e o tratamento com lubrificantes, antibióticos (para se evitar contaminação secundária por bactérias - o que não é incomum) está preconizado. No caso da conjuntivite viral deve-se evitar o uso associado de corticóides tópicos pois estes podem favorecer o surgimento de manchas corneanas que vão tornar a visão pior mesmo após o quadro da conjuntivite já estar resolvido. Tanto para conjuntivite viral e bacteriana, medidas gerais devem ser tomadas: restringir contato (separar toalhas de rosto, evitar contato físico); higiene dos olhos com lenços descartáveis ou água corrente frequentemente para evitar acúmulo de secreções; compressas de água fria para diminuir sintomas; afastamento do trabalho se o quadro estiver muito intenso ou se o contato físico com pessoas for imprescindível na atividade laborativa do paciente. O principal cuidado deve ser evitar automedicação. Casos de conjuntivite mal tratada ou inadequadamente tratada trazem complicações que podem favorecer ulceração da córnea, turvação permanente da mesma com consequente prejuízo visual e levar o paciente a ter indicação até para transplante corneano. Sempre é recomendável, nestes casos, procurar orientação oftalmológica.

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